Organizar um evento exige planejamento, criatividade e, claro, atenção aos deveres fiscais. Saber como funciona o recolhimento de impostos para eventos é essencial para evitar surpresas, garantir a regularidade da operação e proteger seus lucros.
Neste post, vamos te mostrar de forma clara e direta tudo o que você precisa saber sobre tributos em eventos. Vamos lá?
Quais impostos incidem sobre a realização de eventos?
Ao realizar um evento, alguns tributos podem incidir sobre a sua atividade, dependendo do tipo de serviço prestado e do formato jurídico da organização. Os principais são:
- ISS (Imposto Sobre Serviços): cobrado pelos municípios, incide sobre a prestação de serviços como organização, produção e locação de espaços.
- IRRF (Imposto de Renda Retido na Fonte): pode incidir sobre pagamentos a pessoas físicas e jurídicas, como cachês, locações e serviços contratados.
- PIS e COFINS: contribuições federais que incidem sobre a receita bruta, especialmente para quem atua como pessoa jurídica.
- INSS: incide sobre pagamentos a pessoas físicas e também sobre a folha de pagamento da equipe do evento.
Pessoa física x pessoa jurídica: o que muda?
Na hora de organizar eventos, uma dúvida comum é: vale a pena atuar como pessoa física ou jurídica? A resposta depende do seu volume de trabalho, do seu planejamento financeiro e, principalmente, dos riscos e obrigações envolvidos em cada modelo.
Cada formato tem suas particularidades quando o assunto é imposto, emissão de nota fiscal, contratação de equipe e relação com o fisco. Por isso, é importante entender o que muda de um para o outro, e qual faz mais sentido para o seu momento.
A seguir, vamos te mostrar os prós, contras e cuidados de cada caminho.
1. Pessoa Física
Se você organiza eventos como pessoa física, deve ficar atento à tributação sobre rendimentos recebidos, como o IRPF e o INSS. Além disso, quem contrata seus serviços pode ser obrigado a reter e recolher parte dos tributos na fonte.
Facilidades:
- Menos burocracia para começar.
- Não exige abertura de empresa ou contador fixo.
- Pode ser uma opção viável para quem atua de forma esporádica ou em eventos pontuais.
Riscos:
- Carga tributária elevada, sem possibilidade de deduzir custos com estrutura, equipe ou fornecedores.
- Não é possível emitir nota fiscal, o que pode gerar desconfiança, dificultar a relação com patrocinadores e impedir o repasse de tributos ao cliente final.
- Risco de notificação pela Receita Federal, caso os rendimentos não estejam devidamente declarados ou haja movimentação incompatível com o perfil.
- Menor profissionalização, o que pode limitar o crescimento no setor.
#DicaSympla: Emissão de nota fiscal para eventos: quando, como e por quê fazer
2. Pessoa Jurídica
Já quem atua como pessoa jurídica tem obrigações mais amplas, mas também conta com mais opções de planejamento tributário. A principal vantagem está na possibilidade de deduzir custos operacionais e optar por regimes que melhor se encaixem no seu modelo de negócio.
Facilidades:
- Permite reduzir a carga tributária por meio de regimes como Simples Nacional ou Lucro Presumido.
- Mais profissionalismo e credibilidade no mercado.
- Emissão de notas fiscais e maior facilidade na contratação de equipe e serviços.
- Acesso a patrocínios, contratos maiores e crédito bancário.
Riscos:
- Exige contabilidade regular e cumprimento de obrigações acessórias.
- Penalidades mais severas em caso de omissões ou erros fiscais.
- Maior custo fixo para manter a empresa ativa (contador, declarações, taxas anuais).
Não existe um modelo único ideal. A escolha entre atuar como pessoa física ou jurídica depende da frequência com que você realiza eventos, do seu volume de receitas e dos seus objetivos profissionais.
Se você está começando e atua ocasionalmente, pode ser que começar como pessoa física seja suficiente. Mas, se quer crescer, buscar parcerias maiores e manter tudo regularizado, formalizar como pessoa jurídica é o caminho mais seguro e sustentável.
E lembre-se: contar com o apoio de um contador faz toda a diferença, seja qual for a sua escolha.
#DicaSympla: Conformidades fiscais para eventos: tudo o que você precisa saber para evitar problemas
Como calcular e recolher os impostos corretamente?
O cálculo dos impostos sobre eventos depende do tipo de receita, da natureza do serviço e do regime tributário adotado. A dica de ouro é: mantenha tudo registrado com clareza, receitas, despesas e contratos, na dúvida, contate seu contador.
Cada tributo tem sua própria regra de cálculo. Por exemplo:
- O ISS pode variar entre 2% e 5%, conforme o município.
- O IRRF tem alíquotas que variam conforme o valor pago e o tipo de beneficiário.
- O PIS/COFINS muda conforme o regime (cumulativo ou não cumulativo).
- O INSS pode ser de 11% para autônomos ou até 20% sobre a folha de pagamento.
O recolhimento é feito via DARF, GPS ou guias específicas, de acordo com cada tributo.
Regimes tributários e sua influência no evento
Empresas podem optar por diferentes regimes tributários: Simples Nacional, Lucro Presumido ou Lucro Real. Essa escolha impacta diretamente na carga de impostos e na forma de apuração.
- No Simples, os tributos são pagos de forma unificada, com alíquotas reduzidas para pequenos negócios.
- No Lucro Presumido, os impostos são calculados com base em um percentual fixo da receita.
- No Lucro Real, as alíquotas incidem sobre o lucro efetivo, o que exige uma contabilidade mais detalhada.
Converse com seu contador para entender qual modelo é mais vantajoso para você.
Taxas, licenças e exigências locais
Além dos tributos, é comum que prefeituras e estados exijam o pagamento de taxas e licenças para a realização do evento. Exemplos:
- Alvará de funcionamento ou evento temporário;
- Taxa de uso de espaço público;
- Licença ambiental ou sanitária;
- Taxas de direitos autorais (quando há reprodução de músicas, por exemplo);
Essas obrigações variam conforme a cidade e o tipo de evento, então vale conferir com antecedência.
O papel do contador na gestão tributária de eventos
Contar com um contador não é luxo, é necessidade. Esse profissional ajuda você a:
- Escolher o regime tributário ideal;
- Calcular corretamente os impostos;
- Emitir documentos fiscais;
- Cumprir os prazos legais;
- Evitar riscos fiscais e multas;
Se possível, busque um contador com experiência no setor de eventos. Ele vai saber guiar suas decisões com mais segurança.
#DicaSympla: Contabilidade de eventos: entenda a parte contábil da sua produção
Boas práticas para não cair na malha fina
Veja o que não pode faltar:
- Formalize todos os contratos, incluindo fornecedores, artistas, prestadores de serviço e equipe técnica.
- Registre todas as receitas e despesas do evento com clareza.
- Emita notas fiscais corretamente, com os códigos e descrições adequados.
- Recolha os tributos nos prazos certos, conforme o regime tributário adotado.
- Guarde todos os comprovantes por, no mínimo, cinco anos, como manda a legislação.
- Mantenha um CNAE compatível com as suas atividades. Um CNAE inadequado pode gerar problemas na hora de emitir notas, recolher tributos ou até levar a questionamentos do fisco.
A transparência na gestão é sua melhor defesa contra problemas com o fisco.
Ferramentas que facilitam sua vida
Existem recursos que deixam a gestão do seu evento muito mais simples. Softwares de gestão financeira, ERPs, planilhas automatizadas e plataformas como a Sympla ajudam você a:
- Controlar sua receita;
- Emitir relatórios com facilidade;
- Organizar documentos importantes;
- Ter mais controle sobre os tributos do seu evento;
Quanto mais organizado estiver, menos complicações vai enfrentar. Com essas ferramentas, você ganha eficiência e segurança na gestão financeira e tributária. Isso ajuda a evitar erros, reduzir riscos e manter tudo sempre em dia.
Deu para perceber que entender sobre o recolhimento de impostos para eventos é fundamental para quem quer profissionalizar e fazer crescer o seu negócio com segurança, né? Com as informações certas e o apoio de um contador experiente, você mantém sua operação em dia com o fisco — evitando multas e problemas futuros.
Conte com a Sympla para facilitar sua jornada e não hesite em buscar orientação especializada para cuidar da parte fiscal. Assim, você pode focar no que realmente importa: criar eventos incríveis.