Existem eventos dos mais variados tipos. Casamentos, festas de aniversário, formaturas, shows, festivais, corporativos, celebrações religiosas, esportivos etc. Independente do formato, presenciais ou online, todos têm algo em comum: a sociabilização entre pessoas unidas por interesses semelhantes.
O coronavírus mudou a forma como produzimos eventos. A premissa básica de qualquer evento,continua válida: conectar pessoas em torno de um objetivo comum. O que mudou com o distanciamento social foi apenas o meio. O streaming, as lives e os eventos online são hoje os principais meios para quem organiza eventos (e os mais seguros também).
No entanto, hábitos são difíceis de serem quebrados. Quem sempre organizou eventos presenciais provavelmente terá mais resistência de migrar para o online do que alguém que já começou a produzir seus eventos no meio digital.
Para piorar, a resistência carrega com ela o julgamento tendencioso, baseado em nossas próprias visões de mundo, de que o novo não será nunca melhor que o antigo. Afinal, “a experiência real nunca será substituída”. Será mesmo?
Do presencial para o online
Recentemente, um dos mais populares jogo em rede do mundo, Fortnite, realizou um evento ao vivo online que quebrou os paradigmas da indústria do entretenimento. O rapper norte-americano Travis Scott bateu recordes de audiência em um show realizado exclusivamente no jogo, se apresentando para 12.3 milhões de pessoas simultaneamente em todo o mundo. Para ter um padrão de comparação, a live da cantora Marília Mendonça teve 3.2 milhões de pessoas assistindo-a ao mesmo tempo.
Para quem só viveu experiências presenciais, uma transmissão de um show ao vivo por um videogame pode não fazer muito sentido, mas e se deixássemos nossos vieses de lado um pouco? Procure se colocar no lugar de uma geração de adolescentes nascidos em um mundo 100% online e conectado, que usam esse e outros jogos como redes sociais (Facebook e Instagram são coisas dos seus pais) e que passam a maior parte do dia com os olhos grudados na tela de do celular ou do computador.
Será que o valor de um evento online, para esse público, é menor que de um evento presencial?
Será que para uma boa parte das milhões de pessoas que participaram do “show com Travis Scott no jogo”, essa não foi uma experiência tão inesquecível quanto ir num festival como o Lollapalooza São Paulo (onde o rapper é umas das atrações da próxima edição)?
Será que a experiência de um evento online não pode ser até melhor que a de um evento presencial?
Afinal, como gerar valor com eventos online?
Recentemente, a Sympla produziu um Webinar com Daniel Uehara, da Academia da Criatividade, e Lucas Castro, especialista da Sympla em estratégia para eventos (você pode escutar a conversa na íntegra aqui nesse podcast).
Como muitos, o Daniel Uehera é um organizador de eventos que realizava todas as suas produções de forma presencial. No momento em que foi impactado pelas notícias sobre o novo coronavírus, sentiu a necessidade de mudar seus eventos para o online.
Segundo Daniel, a primeira ideia que teve foi chamar seu público conversar:
“Nesse momento, eu precisava ser relevante para o meu público, não importa o que eu fosse entregar para ele. Pra isso, a gente precisava parar para escutá-los. O que aprendemos é que eles estavam se sentindo perdidos com tantas lives. Daí, tivemos nosso primeiro insight. Talvez não seja o caminho de entregar mais conteúdo para eles. O que eles precisam nesse momento? Uma vez feita essa escuta, agora podemos entregar uma experiência que eles estão precisando”.
A resposta sobre como gerar valor com eventos online começa por uma simples pergunta: o que o seu público precisa?
O meio que você faz o seu evento – presencial ou online – não necessariamente modifica a sua experiência. Desde que você tenha claro quais são as dores do seu público e como você pode ajudá-lo, você pode gerar valor com o seu evento online também :)
Feedbacks são muito importantes
“Depois de uma semana de mudança (para eventos online), a gente perguntou para a galera o que eles estavam achando. O que aprendemos foi que a mudança de canal foi apenas isso: uma mudança de canal. Em termos de experiência, a gente escutou que nosso público estava saindo com o mesmo sentimento que nossos eventos presenciais”, comentou Daniel Uehara.
O engajamento de um evento online pode ser ainda maior que o de um evento presencial:“Teve também um outro feedback, de pessoas que nunca frequentaram um evento presencial nosso porque moram distantes, mas que acompanham nossas redes sociais. Ao ter a chance de participar de um evento online, falaram ‘é exatamente como eu imaginava, é como o pessoal tinha me dito que era, interativo e colaborativo.'”, explica Daniel.
O segredo está em escutar o seu público
Apesar de existirem diversos formatos de eventos, entre eles os mais variados tipos de eventos online, o fundamento básico de todo evento permanece o mesmo: conectar, inspirar e emocionar pessoas reunidas por semelhanças e interesses afins.
Mudar o meio – do físico para o virtual – requer cuidados especiais (confira 7 armadilhas para evitar ao organizar um evento online). Porém, tendo claro o propósito do seu evento, independente do meio, os resultados podem ser os mesmos, ou até melhores!
O segredo de como gerar valor com eventos online começa com o seu interesse em conversar com o seu público e entender o que de fato ele sente falta. Quais são suas dores? E como você pode ajudá-lo nesse momento?
Manter um diálogo aberto com o seu público é o caminho mais seguro para quem busca manter a relevância e engajamento em tempos de crise.
Organizar eventos online, mesmo que para uma base menor de pessoas, talvez seja uma forma de valorizar ainda mais os seus eventos presenciais depois que a pandemia passar.
E você? O que está esperando? Aproveite para criar o seu evento online na Sympla.