Por volta do século XVII, o Carnaval chegou ao Brasil por influência das festas que já aconteciam na Europa – mas só no século XIX começaram a surgir os blocos, que ficaram ainda mais populares no século seguinte. Esse estouro se deu com a ajuda das marchinhas de Carnaval, que deixavam a folia ainda mais divertida!

As marchinhas sempre fizeram parte da vida dos foliões desde esta época e nós acreditamos que recordar é viver. Por isso, selecionamos as 8 melhores marchinhas de Carnaval para você curtir durante a época mais animada do ano! 

Você pode ouvir todas as marchinhas dessa lista – e muitas outras – na nossa playlist no Spotify :)

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O que é marchinha de Carnaval?

Marchinha é o diminutivo de marcha, aquele modo de andar dos soldados. E não é que existe mesmo uma relação com os militares. É que as marchinhas de Carnaval trazem uma batida muito característica, que é semelhante àquela das fanfarras militares.

No Carnaval – o período do ano favorito dos brasileiros, essas canções tomam conta de bloquinhos de rua, festas, trios e bailes há décadas.

Qual é a diferença entre marchinha de Carnaval e samba-enredo?

O pesquisador Márcio Luiz Gusmão Coelho estudou transformações ocorridas no samba-enredo ao longo do tempo. Nesse trabalho, o acadêmico tratou das diferenças entre o subgênero do samba e a as famosas marchinhas.

A marchinha, segundo ele, foi pensada para embalar a festa dos foliões, trazendo um ritmo veloz marcado por refrãos recorrentes. O objetivo é espelhar a maneira com que os foliões dançavam em círculos nos salões.

Já os sambas-enredo são criados pensando em conduzir as escolas pela Passarela do Samba e, portanto, o encontro com o refrão acontece ao fim da composição.

Você também já deve ter reparado que o samba-enredo costuma ser mais profundo, não é? Ele traz uma narrativa completa, que explora vários aspectos de um assunto, necessidade que não é percebida nas marchinhas de Carnaval.

Agora, que tal conhecer a história por trás das marchinhas de Carnaval mais queridas entre os brasileiros? Confira.

As 8 melhores marchinhas de Carnaval

1. Abre Alas

“Ô abre alas, que eu quero passar!”

Essa foi a primeira marchinha de Carnaval registrada na história do carnaval brasileiro, em 1899. Chiquinha Gonzaga, autora da obra, fez a canção para a escola Rosas de Ouro do Rio de Janeiro, o que impulsionou o sucesso da escola e também se tornou a canção mais famosa da compositora.

2. Mamãe eu Quero

“Mamãe eu quero, mamãe eu quero… mamãe eu quero mamar! Dá a chupeta, dá a chupeta, dá a chupeta, dá a chupeta pro bebê não chorar”

Gravada em 1937 por Jararaca e Vicente Paiva, a marchinha de Carnaval começou a bombar de verdade depois de ser regravada por Carmen Miranda, só 4 anos depois de ser lançada.

Você sabia? 

Almirante, amigo dos autores, cantor e músico, conta no livro “História do Carnaval Carioca”: “Na hora de gravar, verificamos que ela era pequena, não tinha a duração exigida para o disco. Seria impossível repetir uma parte da música. Que fazer? Jararaca e eu completamos a música fazendo um diálogo improvisado na hora, sem nenhum interesse. Durante a gravação, o banjoísta errou um acorde, mas a música era considerada tão ruim que ninguém pensou em refazer tudo. Pois bem, ‘Mamãe eu quero’ foi um sucesso definitivo e enorme. A música é ruim mesmo, o disco é péssimo, mas pegou […]”. E não é que pegou mesmo?

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 3. Aurora

“Ôôôô, Aurora… Veja só que bom que era… Ôôôô, Aurora!”

A marchinha foi criada numa Quarta feira de Cinzas por Mário Lago em 1941. Ela virou sucesso e ganhou popularidade logo no ano seguinte. Até hoje ela é lembrada nos carnavais de rua de todo o Brasil.

4. Cachaça

“Você pensa que cachaça é água? Cachaça não é água não.”

Música dedicada aos foliões que gostam de beber um pouco além da conta no Carnaval. Mirabeau Pinheiro, Lúcio de Castro e Heber Lobato escreveram a marchinha em 1953 para os apreciadores da cachaça!

 5. Turma do Funil

“Chegou, a turma do funil!”

Para aproveitar a época de bebedeira, Mirabeau, M de Oliveira e Urgel de Castro, em 1956, fizeram a canção para aqueles que gostam de chutar o balde na época de folia! A canção foi regravada na década de 80 por Tom Jobim e Miúcha.

Dê o play para conferir:

6. Me dá um dinheiro aí

“Ei, você aí, me dá um dinheiro aí, me dá um dinheiro aí!”

Um dos hinos mais tradicionais nos carnavais, e tocada até hoje em todos os bailes da saudade, foi composta quase na década de 60 pelo Trio: Ivan, Homero e Glauco Ferreira e gravada por Moacir Franco, quem deu força a marchinha.

Você sabia?

No governo Juscelino Kubitschek, em agosto de 1958, o Secretário de Estado dos EUA John Foster Dulles, veio ao Brasil para uma importante missão americana: tratar da situação do petróleo, referente a campanha nacionalista “O petróleo é nosso”.

Nesse tipo de reunião, era dado um tempo aos fotógrafos e cinegrafistas para o registro dos fatos. Em um desses momentos, o fotógrafo do Jornal Brasil, Antônio Andrade, fez uma foto polêmica que dá a impressão de que JK estende a mão e suplica algo ao secretário norte-americano, que parece abrir a carteira em busca de dinheiro.

Não deu outra: o JB publicou a fotografia em sua primeira página sob o título ‘Me dá um dinheiro aí’, em referência à marchinha de carnaval que era sucesso da época.

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 7. Cabeleira do Zezé

“Olha a cabeleira do Zezé, será que ele é, será que ele é”

A marchinha de Carnaval foi criada por João Roberto Kelly, na década de 60, na mesa de um bar! O compositor diz que ia sempre em um bar no Leme encontrar com os amigos e o garçom que os atendia era cabeludo, aí ficou a homenagem.

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Ilustração: Mirna Brasil Portella, para o livro Carnavalança

8. A pipa do vovô

“A pipa do vovô não sobe mais, a pipa do vovô não sobe mais!”

A canção é original de Manoel Ferreira e Ruth Amaral, dupla mais popular entre os compositores carnavalescos, mas foi imortalizada na voz do homem do baú Silvio Santos, nos anos 80.

Você sabia? 

Não se sabe ao certo o porquê da composição da canção. Silvio Santos, apesar de não ser o autor da obra, conta diversas histórias e diz que a origem pode ter algumas outras versões possíveis. E brinca que a verdadeira só será revelada no último sorteio da Tele Sena da história. Quer saber qual é? Está em dia com os carnês do baú? Quem sabe você não possa ser  o felizardo?!

Como fazer uma festa de Carnaval

Agora que você conhece um pouco mais da história das 8 melhores marchinhas de Carnaval, que tal aproveitar para fazer a sua festa de Carnaval? Confira algumas dicas para criar uma folia segura e divertida para todos os foliões. 

  • Defina o público-alvo: Antes de tomar qualquer decisão durante o planejamento da sua produção, é preciso definir qual será o público da sua festa e conhecê-lo. Dessa maneira, a escolha das atrações, do local e todas as outras etapas serão mais assertivas. 
  • Determine o orçamento: Nada mais frustrante do que planejar um evento incrível e, depois, o dinheiro disponível não ser suficiente. Então, para que não ocorram imprevistos, defina qual será o limite de gastos, quanto se estima lucrar com o evento, além de fazer o planejamento financeiro. Faça o controle de tudo em uma planilha oficial!

#DicaSympla: O que é um borderô para eventos?

  • Solicite o Alvará com antecedência: Em eventos com grande quantidade de pessoas, é sempre importante pesquisar na prefeitura da sua cidade quais documentos e licenças são obrigatórios para que seu evento possa acontecer e, principalmente, com segurança. Atente-se ao prazo para solicitar o alvará, pois a emissão pode demorar. 
  • Escolha as atrações do seu evento: Nessa etapa, é essencial definir quais serão os atrativos da sua festa. Seja um DJ famoso, um artista do momento ou se o diferencial será um open bar premium, é importante decidir com antecedência para elaborar sua divulgação.
  • Qual será nome da sua folia? Seja um bloquinho ou uma festa particular, o nome da sua festa pode atrair os participantes ou afastá-los. Afinal, a marca do Carnaval é a criatividade! Portanto, pesquise ideias, leve em consideração o local e estilo do seu evento para depois escolher com cuidado o nome da sua festa. 
  • Divulgue sua festa: Quase tudo pronto, agora é só divulgar sua festa e iniciar as vendas. É importante considerar seu público e o local em que a festa acontecerá, pois isso facilitará o direcionamento dos anúncios e campanhas de divulgação. Outro ponto importante, pense nas redes sociais do momento, alie isso às preferências do seu público e crie conteúdos relevantes, com dicas de looks para sua festa, reels com as atrações, etc. 

#DicaSympla: Como divulgar uma festa de Carnaval

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