O Museu do Ipiranga voltou a receber visitantes depois de quase uma década fechado para o público. Mas a reabertura do Edifício-Monumento não é a única novidade. “A experiência de visitação mudou sensivelmente”, diz Isabela Arruda, responsável pela área de educação do Museu. A instituição passa a contar com novas exposições, itens de acervo restaurados, área receptiva, além de recursos audiovisuais e de acessibilidade.
O resultado dos três anos de reforma e mais de 235 milhões de reais – entre recursos públicos e privados – investidos é uma visita completamente nova, com inclusão de pontos de vista que não eram explorados antes e de uma visão crítica do patrimônio. Trata-se de um verdadeiro mergulho na história da sociedade brasileira!
Neste artigo, você fica sabendo mais sobre:
- o que muda na experiência do visitante;
- novas exposições e itens de acervo;
- tempo de visitação;
- programação e ações educativas;
- como conhecer o Museu.
O que mudou?
A novidade começa com o que Isabela Arruda, da área de educação chama de espaço de acolhimento ao visitante. Ela explica que foi criado um andar subterrâneo no qual é possível “se organizar para a visita”, conhecer os serviços do museu, ir ao banheiro e usar o guarda-volumes. “É um ganho substancial“, completa a educadora.
Mas as mudanças vão muito além e perpassam toda a experiência do visitante no espaço cultural. Entre as novidades, estão:
- 49 salas expositivas;
- 70 peças audiovisuais;
- 333 recursos multissensoriais, que combinam peças táteis, maquetes e réplicas.
O objetivo de explorar diferentes linguagens e recursos, ainda segundo Arruda, é proporcionar experiências de visitação heterogêneas para públicos plurais.
Experiência sensorial e acessibilidade
É pensando em melhor atender todos os visitantes que o projeto do espaço incluiu tradução em Libras nas telas, recursos de áudio descrição, cadernos em braile e versão em inglês. Além disso, o Novo Museu do Ipiranga conta com rampas de acesso, elevadores e pisos podotáteis para tornar a experiência mais acessível a quem circula pelo espaço.
Trata-se de uma visita completamente diferente daquela de nove anos atrás. É que, além de ver a exuberância do edifício e de suas obras, é possível conhecer histórias e costumes da sociedade brasileira por meio dos cinco sentidos – o projeto oferece dispositivos olfativos, reproduções em 3D, mapas táteis e maquetes.
Novas narrativas
O endereço, o prédio e algumas das obras podem até ser as mesmas de antes, mas a visita com certeza é outra.
Tombado interna e externamente, o prédio traz “estátuas de bandeirantes e quadros com representações que celebram a destruição de missões e populações indígenas”, de acordo com a assessoria do Museu. Mas, no novo projeto, há uma visão crítica em relação a tais obras, que são entendidas como documentos históricos.
O saguão e o Salão Nobre, por exemplo, fazem parte de uma exposição batizada de Uma história do Brasil, em alusão ao fato de que aquela é apenas uma das muitas versões da história brasileira, não a única.
Segundo Isabela Arruda, historiadora e educadora do Museu, as pesquisas realizadas para o novo projeto “problematizam as obras em seu contexto de produção, mas também no seu contexto de circulação e no momento contemporâneo”. Ainda segundo ela, isso acontece por meio dos textos curatoriais e vídeos incorporados ao espaço – parte deles, inclusive, operam como multimídias de contraponto, incentivando os visitantes a terem uma visão crítica sobre a visita.
Crianças no museu
O Novo Museu do Ipiranga está mais amigável para as crianças. “A gente tem percebido como as estratégias de acessibilidade utilizadas nas exposições também possibilitam uma aproximação maior das crianças com a experiência da visita”, explica Arruda.
É que o projeto deu aos pequenos a possibilidade de manusear muitos dos itens, sentir as maquetes e explorar com os dedos as réplicas e reproduções tridimensionais das obras. Isso sem falar nos jogos de quebra-cabeças e imantados – estes sim, pensados especialmente para as crianças.
Quanto tempo dura a visita?
Para Isabel Arruda, se há nove anos uma única visita não bastava para ver tudo o que o Museu oferecia, o novo espaço expositivo, com uma área triplicada, tornou ainda mais difícil passear por todas as mostras de uma vez só.
Mas, para a educadora, a nova configuração do Museu permite experimentar o museu de várias formas – e várias vezes! Há, inclusive, audioguias com três sugestões de roteiro diferentes.
Como chegar?
Para visitar o Museu, é possível pegar o metrô – as estações mais próximas são Alto do Ipiranga, a 30 minutos de caminhada, e Santos Imigrantes, a 25. Dentre as opções de linhas de ônibus, estão:
- 4113-10 (Gentil de Moura – Pça da República);
- 706-10 (Jd. Maria Estela – Metrô Vila Mariana);
- 478P-10 (Sacomã – Pompéia);
- 476G-10 (Ibirapuera – Jd.Elba);
- 5705-10 (Terminal Sacomã – metrô Vergueiro);
- 314J-10 (Pça Almeida Junior – Pq. Sta Madalena);
- 218 (São Bernardo do Campo – São Paulo).
Como garantir os ingressos na Sympla?
A Sympla, maior ecossistema de experiências do país, é parceira do Museu do Ipiranga nessa reabertura. “É muito importante para nós porque estamos falando de um local histórico da cidade”, conta Livia Souza, Marketing Success da empresa.
Para garantir os ingressos, é preciso acessar a plataforma, escolher a data e o horário e seguir os demais passos. Mas é importante se programar com antecedência, alerta Souza: “A procura está grande justamente porque todos querem visitar e conferir a reformulação e os conteúdos interativos incríveis que eles estão proporcionando”. Atenção: a liberação dos ingressos é feita sempre às sextas-feiras, 10h, para as duas próximas semanas (terça à domingo).
Lembre-se de que os ingressos serão gratuitos até 0 dia 6 de dezembro! Você pode transferi-los para outras pessoas, alterando a titularidade, mas não é possível alterar a data. E não se esqueça de usar máscaras, obrigatórias desde dezembro.
Que tal planejar a sua próxima visita? Lembre-se de que as entradas são disponibilizadas sempre às sextas-feiras, às 10h, no site da Sympla. Se joga! ?
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