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Parada do Orgulho LGBTQIA+: conheça a trajetória do evento que une luta e folia desde 1997

Há 24 anos a Parada LGBTQIA+ marca presença em todo o Brasil. Considerado um dos maiores eventos do país, ele se destaca em vários aspectos: tanto no impacto político, social, quanto, também, no econômico. Desde seu início até agora, a Parada continua unindo diversidade, luta, folia e muito orgulho pelas ruas!

Quer saber tudo sobre a Parada LGBTQIA+? A gente te conta :)

Como começou a Parada LGBTQIA+ no mundo?

Muito além de um evento animado, intenso e turístico, a Parada é um marco importantíssimo para a luta dos direitos civis do movimento LGBTQIA+.

Ele foi impulsionado pela Revolta de Stonewall, ocorrida em junho de 1969, nos Estados Unidos. E é em homenagem a ela que o mês de junho se tornou o Mês do Orgulho LGBTQIA+.

A Revolta de Stonewall foi uma resposta à violência policial ocorrida em um famoso bar gay de Nova York, o Stonewall Inn. Nessa época, as batidas em bares gays eram comuns: os policiais invadiam os locais, ameaçavam e usavam de violência física para repreender essas pessoas.

Até que, em 20 de junho de 1969, elas reagiram e deram início a uma série de protestos pelos direitos da comunidade LGBTQIA+.

E foi a partir daí que se intensificaram os protestos e os eventos em homenagem e memória à revolta, como as Paradas LGBTs ao redor de todo o mundo!

E no Brasil, como foi?

No Brasil, a Parada teve seu início no ano de 1997, em formato de desfile de drag queens, gays, lésbicas, bissexuais e pessoas até então chamadas de transformistas. A música, o colorido e toda a luta em forma de descontração já se faziam presentes, mas não eram tão fortes quanto hoje. 

Em sua primeira edição, foi chamada de Parada do Orgulho GLT (gays, lésbicas e travestis). Logo no ano seguinte, na segunda edição, criou-se uma ONG responsável pela organização do evento, a Associação do Orgulho GLBT (APOGLBT-SP), sigla que já denominava o movimento de maneira mais inclusiva.

Mas ainda não era o bastante, e a luta contra o machismo e o apagamento lésbico resultou na alteração da sigla para LGBT. Com o passar dos anos, pessoas queer, intersexo e assexuais também foram representadas na sigla, formando o movimento LGBTQIA+.

Crescimento da maior Parada do mundo

De 24 anos para cá, a Parada passou de 2 mil pessoas para a expressiva marca de mais de 4 milhões de participantes na Avenida Paulista, segundo a diretoria da Associação da Parada do Orgulho LGBT. Entre eles, se destacam não só participantes brasileiros, mas também pessoas de todo o mundo.

No início, nossa Parada reunia um número bem menor de participantes nas ruas, tendo levado em suas primeiras edições 2, 20, 200 mil até chegar em seu auge de público, com mais de 4 milhões de participantes em 2019, que entrou para a história do evento como a maior parada LGBTQIA+ do mundo

E, como consequência do seu impacto, o evento de 2019 em comemoração aos 50 anos da revolta de Stonewall foi responsável por contribuir com mais de 400 milhões de reais para a cidade de São Paulo.

Paradas LGBTQIA+ na atualidade

Com o crescimento do evento, os trios elétricos da Parada se tornaram atrações imprescindíveis, trazendo shows de grandes artistas como Anitta, Iza, Daniela Mercury, Pabllo Vittar, Glória Groove e muitos outros. 

E as empresas não ficaram para trás nessa oportunidade de reforçar seu posicionamento de marca. Os patrocinadores são dos mais diversos: desde canais de televisão, cervejarias, marcas de maquiagem e até mesmo instituições bancárias tradicionais. 

Por ser um evento de enormes proporções políticas, sociais e econômicas, durante o isolamento social causado pelo Covid-19 em 2020 e 2021, a Parada foi readaptada para o modelo virtual, com transmissões ao vivo dos trios elétricos e de discussões sobre temas importantes para o público LGBTQIA+.

Você pode assistir a toda a edição de 2021 no YouTube, que teve como tema HIV e Aids, em homenagem aos 40 anos do primeiro caso da doença no Brasil:

O que aprender com a Parada do Orgulho LGBTQIA+?

Com toda a importância e significado por trás desse evento tão bem-sucedido e aguardado não só pelo público LGBTQIA+, mas, também, por grande parte da população, são notórios os pontos que fazem desse um dos maiores eventos do mundo. São eles:

 

E aí, o que achou da história desse evento tão importante para a história do movimento LGBTQIA+? Esperamos que, com ela, você possa levar diversos aprendizados para aplicá-los em suas próximas produções :)

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