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5 dicas sobre como cobrar por um evento online

Agora que você já sabe por que deve trocar sua live por um evento online, quais as vantagens de migrar suas produções para o mundo digital, como fazer um roteiro para seu próximo evento e quais armadilhas evitar, chegou a hora de entender um pouco mais sobre como cobrar por um evento online.

Antes de continuar a leitura, temos um aviso importante!

Assuntos relacionados à precificação de produtos são temas complexos. Quase sempre, caímos na cilada de buscar uma “fórmula do sucesso”. Por isso, desde já saiba que essa fórmula não existe. Cada caso é um caso: o que dá certo para uns, não necessariamente vai dar certo para você. 

O mais importante é você procurar se informar e, dentro das particularidades do seu evento, experimentar o que faz mais sentido para você.  

Dito isso, listamos abaixo 5 dicas sobre como cobrar por um evento online. Não as encare como uma fórmula ou “receita de bolo”, mas sim como ferramentas que você precisa saber para ser mais coerente em suas estratégias de precificação :)

Quando terminar sua leitura, aproveite para ler nossas dicas de como vender ingressos online!

1. Conheça seu público

Se você tiver que lembrar de apenas uma dica desse artigo, que seja essa: 

A melhor forma de entender quanto e como cobrar pelo seu evento online é levantando o máximo de informações possíveis sobre o seu público. 

Se você já organiza eventos presenciais, provavelmente tem um histórico de quanto costuma cobrar por seus eventos. Seu público também. 

Um evento online, porém, por via de regra tem custos menores que os de um evento presencial. Por isso, não faz sentido você cobrar por uma entrega online o mesmo valor que uma entrega presencial, especialmente em tempos de pandemia, onde todos estão contendo despesas e grande parte dos projetos vêm sendo feito de forma solidária.  

Sabendo disso, seja coerente entre o que você preencheu em sua planilha de custos e o que você deveria cobrar do seu público.

2. Estude a concorrência

Se você ainda não organiza eventos online ou presenciais, comece com um dever de casa bem feito: estude sua concorrência. Você pode, por exemplo, pesquisar no site da Sympla outros eventos como os seus. Se a sua concorrência não está fazendo eventos online ainda, pesquise quem vem fazendo produções como as suas em outros estados.

Lembre-se de que no online a sua competição muda. Não existem barreiras geográficas e todos estão disputando pelo mesmo bolso.

Aliás, fica a dica: seu principal concorrente se chama Netflix e todos os demais serviços online e streamings que vão competir pela atenção do seu cliente no dia do seu evento. 

Quando a pessoa pensar em coçar o bolso para investir no seu evento, pode ter certeza de que ela vai comparar mentalmente quanto vem pagando mensalmente em seu cartão de crédito por assinaturas mensais e serviços essenciais.

3. Experimente, experimente, experimente…

Por ser algo relativamente recente, não existem especialistas em eventos online. Assim como não existem especialistas em pós-pandemia. Todos estão testando e experimentando, observando o que dá certo e o que não dá, enquanto você lê esse artigo. 

Por isso, não limite seu modelo de precificação a um só tipo de ingresso. Experimente novos modelos.

Por exemplo, você pode oferecer diversos tipos de valores, cada um com uma proposta de entrega diferenciada.

Você pode experimentar cobrar um valor “x” para a pessoa ter acesso básico ao seu evento. Mas você pode cobrar um valor “2x” para que um grupo de pessoas ganhe uma lembrança pós-evento, digamos, um pôster da festa online feito por um ilustrador bacana e assinado com o nome dela.

Ou você pode cobrar um valor que inclua, por exemplo, uma opção de delivery durante o evento (importante: deixe claro os limites geográficos da entrega). Quer dizer, o valor do ingresso poderia ser acrescentado de alguns reais para que – no dia do evento – seu cliente receba em casa um drink, comidinhas ou até mesmo acessórios da festa para decorar a casa. 

Lembre-se: estamos todos vivendo um momento único na história. Por isso, é um momento ótimo para quem é criativo, porque você pode experimentar colocar novas ideias em prática como nunca.

O segredo aqui é criar um ciclo positivo de testes, aprendizados, melhorias e novos testes. :) 

4. Seja solidário

Escolha uma iniciativa, ONG ou grupo de pessoas desfavorecidas nesse momento para ajudar. Destine parte da arrecadação da festa – senão toda – para quem mais precisa agora. Crie uma opção de doação. 

Lembra do tempo em que você ia para uma festa e tinha que levar junto um quilo de alimento não perecível ou um livro usado para pagar menos? O que está acontecendo agora é justamente o contrário.

Muitas pessoas neste momento, especialmente as mais privilegiadas, estão preferindo pagar um preço maior por um ingresso que venha com uma contrapartida solidária junto. As pessoas estão optando pagar mais, desde que elas entendam que estão contribuindo para uma causa. 

Mais do que nunca, as marcas (e organizadores) que mostram empatia, cuidado e solidariedade são as que também serão lembradas com mais carinho pelo seu público no futuro.

A dica mais importante aqui é: não esqueça de apresentar a prestação de contas para todos  que colaboraram com doações depois que elas foram feitas. Peça à entidade que ajudou para produzir esse relatório para você.

5. Pense no longo prazo

Ao produzir um evento online, você tem uma oportunidade única de apresentar a sua marca para um público que normalmente não teria acesso ao seu evento, inclusive de pessoas que moram fora da sua cidade, estado ou até mesmo país.

Os eventos online não vão entregar a mesma experiência de um evento presencial. Por isso, considere-os como parte de um “portfólio de produtos”. Uma porta de entrada para quem ainda não te conhece e uma forma de manter seu público engajado enquanto todos precisamos respeitar o distanciamento social. 

Como uma represa cheia, quando chegar a hora (e vai chegar!), se continuar mantendo esse relacionamento com o seu público ao longo do tempo (mesmo que digitalmente), você também estará construindo a tensão de uma demanda reprimida que pode te ajudar a colher frutos investidos no futuro com lucros.

A dica aqui é: não seja ganancioso(a). Trate seus eventos online como experimentos, uma forma de manter-se na lembrança do seu público ao mesmo tempo em que você o acolhe nesse período tão sensível.

Depois que essa fase passar, você e seu público vão contar muitas histórias sobre esse período. Como você vai querer ser lembrado(a) por elas?

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